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05 December 2021

Leticia Carolina Nascimento (1990 - ) university lecturer

Nasciemento was born in Parnaíba, a coastal city in the north-east Brazilian state of Piauí, assigned male and raised by the maternal grandparents. Encouraged by the grandparents, and by the mother, Nasciemento graduated in pedagogy, and did a masters in education. 

Living initially as a gay man, Nasciemento taught for seven years in elementary school in Luís Correia, also on the coast of Piauí. In 2015 Nasciemento taught as a substitute teacher at Universidade Estadual do Piauí. Nasciemento had been increasingly living as female outside work. In 2017 she went public as Leticia with a lecture on queer theory called Corpo Sem Órgãos (Bodies without Organs). As she had already published academic articles under her male baptismal name, she was prevented from changing the name in her documents. 

In 2019 Leticia Nasciemento became a lecturer at the Universidade Federal do Piauí, the first trans woman ('mulher travesti') to do so. She commenced her PhD at the same time.


She describes herself as 

“Decolonial witch of becoming and of Sociopoetics (Feiticeira decolonial de devires e Bruxa da Sociopoética)"  ... "producing decolonial cartographies with black travestis from a mixed perspective of encounters between decolonial, feminist ideas and the philosophy of difference (produzindo cartografias decoloniais com travestis negras a partir de uma perspectiva mestiça de encontros entre ideias decoloniais, feministas e da filosofia da diferença)".

She considers that the greatest violence suffered by travestis in non-vulnerable environments is to be questioned about the fact that they are women. (Ela considera que a maior violência sofrida pelas travestis em ambientes não vulneráveis é a de serem questionadas quanto ao fato de serem mulheres. Cidadeverde, 2019)

In a paper in Research Society and Development, 2020, Nasciemento uses the concept of “heteroterrorismo curtural” in the education system: 

“And this way of thinking makes us question and perceive educational institutions, like schools, as one of the most efficient ones for fixing who we are and who others are, for establishing a division between the normal and the abnormal produced in them. And this split is produced by technologies of normalization - part of a system of know-power in which certain representations are authorized and others are made invisible, prohibited and invalidated, producing every utterance of cultural terrorism - reiterations that produce the genders and heterosexuality marked by incentives or inhibitions of behaviors to every lgbt-phobic joke, for example. (E esse modo de pensar nos faz questionar e perceber as instituições educativas, a exemplo da escola, como uma das mais eficientes para fixar quem nós somos e quem são os outros, estabelecer uma cisão entre os normais e os anormais produzidos nela. E esta cisão é produzida pelas tecnologias de normatização – parte de um sistema de saber-poder em que certas representações são autorizadas e outras invisibilizadas, proibidas e invalidadas, produzindo a cada enunciado eteroterrorismo cultural – reiterações que produzem os gêneros e a heterossexualidade marcadas por incentivos ou inibições de comportamentos a cada piada lgbtfóbica, por exemplo.)"

She is noted for her 2021 book, Transfeminismo: Feminismos Plurais, of which she says:

“It shows how more and more it is necessary for people to be open to different existences that do not necessarily fit into the binary and cisgender organization of the world. A first step in this direction is to know the experiences of those who are part of these groups and this book, written by a trans woman, black and fat, who is present in academic circles and is an inspiration for other transsexual and trans women, presents these experiences, it brings historical concepts and places transfeminism within other existing feminisms. (Mostra como cada vez mais é necessário que as pessoas estejam abertas às diversas existências que não necessariamente se encaixam no organização binária e cisgênera do mundo. Um primeiro passo nesse sentido é conhecer as experiências de quem faz parte desses grupos e esse livro, escrito por uma mulher travesti, negra e gorda, que está presente nos meios acadêmicos e é inspiração para outras mulheres transexuais e travestis, apresenta essas vivências, traz conceituações históricas e situa o transfeminismo dentro dos demais feminismos existentes.)”

  • “ ‘Ainda duvidam quando eu digo que sou professora’, diz 1ª travesti da UFPI”. Cidade Verde, 04/08/19. Online.
  • Ketryn Carvalho. “Letícia Carolina é a primeira travesti professora da UFPI; veja a entrevista”. Observatorio G, 2019. Online.
  • Letícia Carolina Nascimento. “Aprendizagens em educação e as diferenças – resistências ao heteroterrorismo cultural: que só os beijos te tapem a boca”. Research Society and Development, July 2020.
  • Roberto de Martin. “ ‘As mulheres trans e travestis entenderam a potência de movimentos feministas’ Letícia Carolina Nascimento conversa com CartaCapital sobre seu livro Transfeminismo, mais recente lançamento da Coleção Feminismos Plurais”. CartaCapotal, 12 de Junho de 2021. Online.
  • Letícia Carolina Nascimento. Transfeminismo: Feminismos Plurais. Perfect Paperback, 2021.

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